...Porque os dois eram incapazes de se libertar peloamor, porque aceitava sucumbida o próprio medo de sofrer, sua incapacidade de conduzir-se além da fronteira da revolta.
Tudo o que é forma de vida procuro afastar.Tento isolar-me para encontrar a vida em si mesma.
Choro, choro... a saudade dói, mais que cólica renal.
A voz não aparece mais e o que resta é Bolor...tudo é bolor...
Os versos
que te digam
a pobreza que somos
o bolor
nas paredes
deste quarto deserto
os rostos a apagar-se
num frémito do espelho
e o leito desmanchado
o peito aberto
a que chamaste amor
(Carlos de Oliveira)
Meu peito ainda está aberto e sangra. Apesar disso, aprendi a estar sozinha. Humberto talvez esteja antecipando este blog em seu BOLOR, mas estou à frente dele. Ele escreve na tentativa de encher os momentos em que é obrigado a estar sozinho; eu escrevo porque sei e gosto de estar sozinha.
Falo sobre coisas e coisas: a vida, eu mesma, música, literatura, cinema, amigos, reflexões, sentimentos, pensamentos e tudo o mais que compõe o outro lado de mim. Mostre seu outro lado aqui também!
old book smell
domingo, 29 de novembro de 2009
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