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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Tudo pode dar certo (Whatever works)
Fico em dúvida sobre como começar...já sei: Da perspectiva cristã, o filme não é bem quisto...at all!! Deixando isso de lado, há muita coisa boa no filme, afinal..é um Woody Allen. E também não é um filme para te fazer sentir bem. Ou seja, quem não gosta de Allen, não é nessa obra que vai gostar!!!
Mas vamos à história: Boris Yellnikoff (Larry David), físico que quase ganhou o prêmio Nobel e fracassou numa tentativa de suicídio, ganha a vida ensinando crianças a jogar xadrez. Mas ele não tem lá muita paciência e costuma ofender as crianças. Trata-se de um personagem amargurado com a vida e que, basicamente, despreza a raça humana (ele diz, por exemplo, que o cristianismo e o socialismo eram bons no papel, mas falharam porque cometeram o erro de acreditar que o homem era essencialmente decente). Mas, uma noite, enquanto volta ao seu apartamento, ele depara com Melody St. Ann Celestine (Evan Rachel Wood). A garota, que está perdida em NY, pede para ficar no apê de Boris ao menos por uma noite. O que acontece depois é previsível. Allen não apela e Boris não vai se tornar um homem melhor porque está apaixonado pela ninfeta caipira. Esse fiozinho de história faz com que Woody Allen desfile suas melhores piadas, principalmente aquelas que só um judeu pode fazer (como uma em que o personagem principal diz que todos os pais responsáveis deveriam levar seus filhos para passar férias em campos de concentração). Ah, sem mencionar a família da moça, que aparece depois e tudo vem à tona.
Boris, que em vários momentos do filme, quebra a quarta parede e conversa com o público ( adoro essa sacada!). Mas, como Melody reflete em outra sequência, o latido dele é mais forte do que a sua mordida. E isso vale tanto para o personagem quanto para o filme, que é, sim, leve e gostoso. Daqueles que você assiste com um sorrisinho no rosto quase que o tempo todo. Apesar dos pesares...
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