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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dança Contemporânea


( Sim, sou eu mesma na foto..rs)
Ontem fiz minha primeira aula de Dança Contemporânea. Confesso que foi um pouco difícil a ruptura, com todo o repertório que trago do Ballet Clássico, mas o professor disse que me saí bem.

Ao chegar, eu estava ansiosa, com os olhinhos brilhantes e aquele friozinho na barriga. Aos poucos foram chegando algumas pessoas e fui conversando com elas. O professor Marcos me recebeu com um enorme sorriso no rosto e beijinhos. Eu já me sentia em casa e observava atentamente cada detalhe daquele salão, que logo se transformaria em palco. A aula foi começando e eu sentia que me faltava agilidade..mas isso foi melhorando. Não usamos sapatilhas, nem collant, nem coques, nem aquela compostura perfeita. Durante a aula, muito chão e rolamentos, que resultaram em vários "roxinhos" espalhados pelo meu corpo. Você pode estar se perguntando: mas, afinal, o que é Dança Contemporânea? Bem, vamos lá...dança contemporânea. A maioria de nós consegue imaginar um bailarino de sapatilhas de ponta fazendo uma pirueta quando se fala em balé clássico, ou uma dançarina com uma sombrinha na mão realizando passos com a ponta do pé e o calcanhar quando o assunto é o frevo, por exemplo. Mas, quando se trata de dança contemporânea, a referência não aparece assim tão fácil. A dança contemporânea não é uma escola ou uma técnica específica, e sim um modo de pensar a dança que passou a ser desenvolvido em todo o mundo a partir da década de 70, depois de a dança moderna dar o pontapé inicial na quebra da hegemonia do ballet clássico. A dança contemporânea faz parte das artes contemporâneas, e todas essas artes se dedicam a falar das questões complexas e cheias de nuances de nosso tempo. Família, antigamente, era mãe, pai e filho. Hoje é o pai que casou com a mãe que tem filho de outro. A dança contemporânea se dedica a falar das relações humanas, num mundo onde existe aids, casamentos que não duram a vida inteira, muita miséria e violência, afirma a crítica de dança Helena Katz. O fato é que o mundo de hoje não é mais o mesmo de antigamente, as coisas mudaram. E a arte acompanhou essas transformações. Por isso, a dança teve que procurar novas abordagens. E de onde poderia partir essa dança que pretende falar das relações humanas senão do próprio homem? A dança contemporânea nos propõe uma investigação de nós mesmos através do corpo, nos convida a vasculhar cada detalhe para descobrir movimentos que expressem nossas emoções, dúvidas e pensamentos. E nos lança a questão: por que não encarar o corpo como uma forma de existir e de fazer trocas com o mundo? Assim, mesmo quem não pretende ser bailarino pode praticar aulas de dança contemporânea como uma forma de autoconhecimento. Alguns temas são frequentes na dança: "Conhece a ti mesmo", "lei da gravidade", "improvisação", "novos pontos de vista" e claro, muita paixão e por que não musculatura também? É..porque para fazer aqueles exercícios...tem que ter força no braço. Sem contar as dorzinhas que surgem no dia seguinte em um músculo que você nem sequer sabia que existia...Não preciso falar que amei e já me matriculei, né? Ah, como eu amo dançar!

Além disso tudo que a dança oferece e representa para mim, eu tenho um motivo principal, o maior de todos: Ser mais que uma bailarina, ser uma adoradora!


Gosta de dança? Quer saber mais? Fale comigo!!!

Beijos e até o próximo passo!!!


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