old book smell

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Indefinível e inexplicável.Não sei mesmo que título dar.


Estou na casa da Paula, amiga há mais de 15 anos.
Há muita gente reunida, entre elas a Nicole.
Há mais pessoas do tempo do colégio.
Não sei porquê a Nicole usa roupa de gala, um vestido preto de paetê. Não entendo.Ela está linda, mas não para aquele lugar, aquela situação.
Sento à mesa, as pessoas conversam incessantemente.Ouço as vozes mas não as escuto, ou será que as escuto e não as ouço?
De qualquer forma, não entendo nada sobre o que está sendo dito.
De repente, ela vai até a sala e traz um portarretrato. Há três fotos distintas, porém ele aparece nas três.
Ela se aproxima de mim com um sorriso escancarado e pergunta: E quando você casar, não gostaria de levá-lo para sua casa?
Obviamente ela estava extasiada pela sua beleza e sorriso.
Curvei a cabeça e respondi:
- Você não imagina quem ele é.
- Quem é ele?
- Bem, é a única pessoa que amei em minha vida... e desatei a contar a ela toda a nossa história; os fatos, encontros e desencontros; chuvas e sóis; invernos e verões
Ela sentou -se, pôs -se a ouvir e emocionou -se.Pediu desculpas e disse que compreendia perfeitamente. Sabia que mesmo sem fotos você está sempre ali.Quando penso que não, que me abandonou, você aparece da forma mais inusitada para soprar e sussurrar:
AMO VOCÊ. ESTOU AQUI.NÃO SE ESQUEÇA.

Mas como poderia me esquecer se você não permite?

Costumo dizer que há dois significados para esquecer, o da memória e o do coração.
Porém, dentro de mim, estão fundidos, são uma só coisa no que está relacionado a você. (In)Felizmente.

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