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quarta-feira, 9 de março de 2011

Para quem não gosta de Carnaval...

até que eu amei esse último. Não pelo motivo da festa, claro.
Outra coisa boa é cinema. O filme "Cisne Negro" estava na minha lista mesmo antes da indicação e fomos lá conferir!
Meu único erro foi não me lembrar do diretor: Darren Aronofsky!
Natalie Portman está maravilhosa no papel e em muitas cenas eu me emocionei e identifiquei com a vida de Nina, sua personagem. Uma delas foi quando ela soube que tinha sido a escolhida para o papel principal do Ballet e vai para o banheiro ligar para a mãe e contar a novidade.
O filme assusta um pouco, mas, denovo, se eu lembrasse quem era o diretor antes, eu não teria ficado assim. Afinal, depois de "Requiem por um sonho", Cisne Negro tem cenas até "leves". Somos presenteados também com cenas belíssimas de Ballet Clássico e a maravilhosa trilha sonora de Clint Mansell.
A bailarina Nina Sayers (Natalie Portman) é movida exclusivamente pelo desejo de superação ( temática resente na filmografia do diretor), por tornar-se a "prima ballerina" da companhia de Thomas (Vincent Cassel, um canastrão!). Em seu caminho, porém, está O Lago dos Cisnes, o balé de Tchaikovsky que Thomas pretende apresentar em montagem "crua e visceral", sem perfeições técnicas, mas sedução e espontaneidade.
Para Nina, viver Odette, o Cisne Branco, não é um problema. Ela, afinal, partilha com a personagem suas qualidades metódicas e virginais, é pura, inocente e encantadora. O desafio é a interpretação de Odile, o Cisne Negro, a encarnação da sensualidade e sedução. Se quiser estampar o cartaz da companhia, agora que a primeira bailarina anterior (Winona Ryder, que passou despercebida no filme) foi aposentada, Nina terá que superar seus medos e, como a protagonista do ballet, transformar-se.
Para tal transformação, Aronosfky "brinca" com o espectador de tal forma, que não se sabe mais ao certo o que é alucinação da bailarina e o que é realidade. Assim, acompanhamos a desintegração de sua sanidade enquanto ela enfrenta a pressão do diretor, a superproteção da mãe (Barbara Hershey), uma bailarina frustrada que projeta a realização de seu sonho na filha, e a chegada de uma excitante bailarina concorrente (Mila Kunis), com a qual Nina viverá altos e baixos, com cenas fortes e diferente do que Hollywood está acostumado.

Well, amei o filme, está no meu top 10 e Natalie realmente mereceu o Oscar!

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