old book smell

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Julio Prestes de Albuquerque


Passo a avenida e entro à esquerda..ops, rua errada.
Olho para a rua Thiers, sei que estou na direção certa.
Finalmente entro na rua Julio Prestes de Albuquerque.
Olho a placa no poste. Estou em casa. Meus olhos brilham, a alma celebra e o coração dispara.Mas ao mesmo tempo que dispara ele se acalma, pois encontrou refúgio.Há todo um reFRIGÉRIO.
Paro em frente à casa 171, que descobri casualmente, pois eu não queria isso.Assim como não queria saber de muitas outras coisas.
Observo as janelas do fundo.
Aquela casa, aquelas paredes, o portão. Ali é o seu lugar.
É onde você cresceu, brincou, chorou, jogou bola, tomou chuva, andou de jipe.
E ali, bem ali estou eu. Em um domingo chuvoso e frio.
Mas isso não importa, dentro de mim faz sol.
Ligo o carro e sigo. A Catarina (vizinha há anos), sem saber, arruma a casa. Alguém deve chegar.
Chego e ela sorri:
-Vamos entrar para o quarto e conversar. (Eles surgem).
Conversamos sem cessar.
Ela me diz que o outro voltou, mas que ela não está feliz.
Olho para o lado tentando pensar em algo para confortá-la, vejo um bichinho de pelúcia e abraço.Sorrio para ela, minha amiga mãe.
Ela diz:
-Foi ele quem me deu. Ele me chamava de caju.
Droga... (só faço coisa errada)

Vou-me embora. Abraçamos- nos e ela diz:
- Volte mais, escreva mais.
Eu, alegremente, respondo :
- Sim, claro.
- Beijo. Adorei a visita.

Um comentário:

V. disse...

Why on Earth such a political name?

I'm a mom!